domingo, 28 de dezembro de 2008

Meu celular tem emoções

Fato. Meu celular é emotivo. Não sei se quer um cafuné ou a garantia de lealdade.

Pois bem, explico: nos dias que antecederam o Newtal, fui em busca de presentes para meus familiares (leia-se pai, mãe e irmão), nas grandes lojas desta imensa cidade. Dividi esta busca em três etapas:

1 - Presente para o pai: cumprido;

2 - Presente para a mãe: cumprido;

3 - Presente para o irmão: cumprido (há que se ressaltar aqui, que este presente foi dado com uma pequena observação de que seu uso seria comunitário. Este é o presente.);

Até aí, nada de deveras importante. Ocorre que, ao efetuar a compra do presente para minha mãe, meus olhos acabaram por desviar para um pequeno balcão onde estavam expostos alguns celulares. Por curiosidade, fui vê-los, e gostei de um aparelho. Mas, como eu não tinha nem necessidade nem vontade de trocar o meu, somente peguei os folders de propaganda e saí da loja.

Até aí, também nada de deveras importante. Ao chegar ao meu bunker (sim, meu quarto parece um bunker), comecei a olhar com mais atenção para a foto e as especificações do celular que eu havia gostado. Cheguei a conclusão que eu o iria comprar. Beleza, mais uma decisão tomada, voltei a loja.

Lá chegando, com um sorriso estampado de quem iria poder tocar um objeto de desejo, pedi a atendente para pegar tal celular. Impossível, disse-me ela. Ele tinha sido vendido à uns quinze minutos para um cidadão que ainda estava preenchendo os papéis da compra em 24 vezes. Maldito isento.

Mas, compreensivo como sou, agradeci a atendente e

"Sua desgraçada, custava ter guardado o celular por mais dez minutos sua acéfala inválida, pois saiba que suas celulites hão de consumir todo seu corpo e morrerás como obejto de estudo para alguma universidade de medicina de quinta categoria", eu pensei, mas disse um até mais meio resmungado e saí da loja.

Irresignado, eu havia decidido não mais trocar de celular, e aí que a história do emotivo vem a tona.

Ocorre que, meu celular, que havia me acompanhado durante pouco mais de um ano, e que nunca havia me deixado na mão, simplesmente parou de funcionar. Não liga mais. Já dexei carregando por mais de dez horas e o fiadaputa não liga. Acho que ficou com ciúmes. Só faltou ele me olhar e falar "mimimi, você vai me trocar, mimimi, eu sempre estive aqui, mimimi".

Claro, como sentimental que sou, arrumei uma solução: joguei o desgraçado no fundo de uma caixa e vou comprar outro, nem que seja de um modelo diferente do que eu havia visto e gostado.


Update 1 - Comprei o novo celular;

Update 2 - Meu celular novo está com problemas;

Update 3 - Meu celular antigo voltou a funcionar, então o atirei contra a parede;;

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Ps

Eu havia esquecido. Feliz Newtal para todos!


Continuo na árdua busca do Jack perdido.

Explicações necessárias

Eu sabia que eu tinha um blog em algum lugar, só não sabia aonde. Encontreio-o somente hoje. Vamos ver se agora mantenho uma média de postagens boa (nunca). Esquecendo a brincadeira, devo-lhes uma explicação do por que de tanto tempo longe disso aqui. Vamos por partes:

1 - Minha conexão é um excremento, logo torna-se difícil a postagem sem dispender um considerável tempo;

2 - Último semestre da faculdade (estou formado \o/) e consequentemente, o trabalho de conclusão do curso me tomaram todos os momentos disponíveis que eu porventura tinha;

3 - Falta do que postar. É sério. Mudei bastante a minha concepção de um "blog". Vossas senhorias verão isto nas postagens que virão (um pequeno exemplo é a postagem que precede esta);

4 - A Absolut e o Jack também não me abandonavam sequer um dia, então ficava difícil me concentrar em algo mais do que apenas levar uma taça aos lábios e saborear aqueles líquidos preciosos (falando nisso, onde diabos larguei meu litro de Jack?);

5 - Passei um bom tempo visitando outros sites e blogs, sendo que os que realmente valem uma visita, são estes que se encontram aí na barra lateral;

6 - Não tem motivo número seis, este é somente para aumentar a lista e tornar o pedido desculpas mais comovente;


Então, era isto. Pretendo voltar com uma postagem diária, ao menos. Agora, por favor, dêem-me licença, tenho que encontrar o Jack, antes que ele se perca \o/.

Eu e um espelho qualquer...

O brilho do sol começa a ser substituído por um imenso manto negro. A noite chega calmamente. Em meu campo de visão, apenas resquícios do que outrora fora um lindo litro de whisky, imponente, esbanjando sucesso e poder instantâneos, o qual admito, não me trouxe a calma esperada.

Penso. Adormeço. Acordo com a certeza de não saber aonde estou.

Volto a sentar-me diante a este objeto que tanto me fez passar por maus momentos. Olho em volta. Nada vejo além de livros jogados ao relento, uma pequena mobília ostentando o título de suporte à um pequeno relógio e num canto que antes eu não havia prestado atenção, um espelho me encara com uma seriedade totalmente desagradável e um odor pútrefo de existência rogada a fazer as pessoas encararem sua própria realidade, nua e crua como somente poderia ser.

Desvio meus pensamentos, numa tentativa de não dar demasiada atenção àquele ser reflexivo, o que acaba se mostrando deveras infrutífero, pois de alguma forma sei que é chegada a hora de conversarmos. Não sei qual o objetivo desta troca de informações. Somente sei que é necessária.

O diálogo que transcrevo daqui em diante, consiste somente em uma ínfima parte do que realmente foi tratado, mas é somente isto que posso vos passar jogado neste leito de tantas lembranças.

Espelho: E então?
Eu: E então o que?
Espelho: Você sabe do que estou falando, não tentes me irritar.
Eu: Não faço a mínima idéia do que dizes, aliás creio que estou ficando louco, espelhos não falam.
Espelho: Claro que não falo, e você sabe disso. Não mude o centro desta conversa.
Eu: Como assim?
Espelho: Por obséquio, senhor, não me amole com estas perguntas insolentes e desnecessárias. Diga-me, você fez o que era necessário?
Eu: Desculpe-me, mas infelizmente não sei ao que estás se referindo.
Espelho: Sinceramente, você me decepciona, pensei que já tivesses aprendido, mas vejo que ainda não passas de uma criança crescida, que tenta se esconder sob máscaras paleativas.
Eu: Ha Ha Ha; Estou realmente ficando louco. Não bastasse eu pensar que estou falando com um espelho, agora ele me ofende. Pois saiba, senhor espelho, que não podes me atingir. Não passas de um objeto inanimado, uma superfície de metal polida que apenas reflete o que lhe é mostrado. Não queiras ser mais do que isso.
Espelho: Pelo menos eu sei o que sou, diferentemente de você...

Continua...