Penso. Adormeço. Acordo com a certeza de não saber aonde estou.
Volto a sentar-me diante a este objeto que tanto me fez passar por maus momentos. Olho em volta. Nada vejo além de livros jogados ao relento, uma pequena mobília ostentando o título de suporte à um pequeno relógio e num canto que antes eu não havia prestado atenção, um espelho me encara com uma seriedade totalmente desagradável e um odor pútrefo de existência rogada a fazer as pessoas encararem sua própria realidade, nua e crua como somente poderia ser.
Desvio meus pensamentos, numa tentativa de não dar demasiada atenção àquele ser reflexivo, o que acaba se mostrando deveras infrutífero, pois de alguma forma sei que é chegada a hora de conversarmos. Não sei qual o objetivo desta troca de informações. Somente sei que é necessária.
O diálogo que transcrevo daqui em diante, consiste somente em uma ínfima parte do que realmente foi tratado, mas é somente isto que posso vos passar jogado neste leito de tantas lembranças.
Espelho: E então?
Eu: E então o que?
Espelho: Você sabe do que estou falando, não tentes me irritar.
Eu: Não faço a mínima idéia do que dizes, aliás creio que estou ficando louco, espelhos não falam.
Espelho: Claro que não falo, e você sabe disso. Não mude o centro desta conversa.
Eu: Como assim?
Espelho: Por obséquio, senhor, não me amole com estas perguntas insolentes e desnecessárias. Diga-me, você fez o que era necessário?
Eu: Desculpe-me, mas infelizmente não sei ao que estás se referindo.
Espelho: Sinceramente, você me decepciona, pensei que já tivesses aprendido, mas vejo que ainda não passas de uma criança crescida, que tenta se esconder sob máscaras paleativas.
Eu: Ha Ha Ha; Estou realmente ficando louco. Não bastasse eu pensar que estou falando com um espelho, agora ele me ofende. Pois saiba, senhor espelho, que não podes me atingir. Não passas de um objeto inanimado, uma superfície de metal polida que apenas reflete o que lhe é mostrado. Não queiras ser mais do que isso.
Espelho: Pelo menos eu sei o que sou, diferentemente de você...
Eu: E então o que?
Espelho: Você sabe do que estou falando, não tentes me irritar.
Eu: Não faço a mínima idéia do que dizes, aliás creio que estou ficando louco, espelhos não falam.
Espelho: Claro que não falo, e você sabe disso. Não mude o centro desta conversa.
Eu: Como assim?
Espelho: Por obséquio, senhor, não me amole com estas perguntas insolentes e desnecessárias. Diga-me, você fez o que era necessário?
Eu: Desculpe-me, mas infelizmente não sei ao que estás se referindo.
Espelho: Sinceramente, você me decepciona, pensei que já tivesses aprendido, mas vejo que ainda não passas de uma criança crescida, que tenta se esconder sob máscaras paleativas.
Eu: Ha Ha Ha; Estou realmente ficando louco. Não bastasse eu pensar que estou falando com um espelho, agora ele me ofende. Pois saiba, senhor espelho, que não podes me atingir. Não passas de um objeto inanimado, uma superfície de metal polida que apenas reflete o que lhe é mostrado. Não queiras ser mais do que isso.
Espelho: Pelo menos eu sei o que sou, diferentemente de você...
Continua...
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